Perfil sociodemográfico e clínico de idosos com diabetes

Abstract

Miriam Lopes Costa8RESUMOObjetivo: caracterizar o perfil de pessoas idosas com diabetes acompanhados em seguimento ambulatorial de uma instituição hospitalar utilizando os dados sociodemográficos e clínicos. Método: trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal, realizado com 168 idosos. Reuniram-se os dados a partir de entrevista e consulta ao prontuário, submetendo-os às técnicas de estatística descritiva, sendo realizado o teste estatístico Qui-quadrado, e os resultados apresentados em forma de tabelas. Resultados: identificou-se a prevalência três vezes maior do sexo feminino (121=72%); o número de casados foi superior às demais categorias (90=53,6%); metade recebia até um salário mínimo (58=50%); a maioria encontrava-se na faixa de 60 a 69 anos (114=67,9%); o tempo de diagnóstico do diabetes foi superior a 10 anos em 73 (43,5%) entrevistados, sendo a neuropatia diabética a complicação de maior prevalência (97=58,1%). Conclusão: reporta-se, pela realização desse estudo, a uma visão holística de alguns aspectos que são passiveis de intervenções, para a equipe multiprofissional de saúde, a qual cabe-lhe a realização da assistência efetiva e integral visando a atender as necessidades biológicas e psicossociais. Descritores: Idoso; Diabetes Mellitus; Diabetes Mellitus Tipo 2; Autocuidado; Pessoal de Saúde; Assistência Ambulatorial. ABSTRACT Objective: to characterize the profile of elderly people with diabetes followed up at the outpatient clinic of a hospital using socio-demographic and clinical data. Method: this is a quantitative, descriptive, cross-sectional study of 168 elderly people. Data was collected from interviews and consultations of the medical record, subjecting them to descriptive statistics techniques, and the Chi-square statistical test was performed, and the results were presented in the form of tables. Results: a threefold prevalence of the female sex (121 = 72%) was identified; the number of married couples was higher than the other categories (90 = 53.6%); half received a minimum wage (58 = 50%); the majority were in the range of 60 to 69 years (114 = 67.9%); the diagnosis time of diabetes was over ten years in 73 (43.5%) interviewed, with diabetic neuropathy being the most prevalent complication (97 = 58.1%). Conclusion: this study presents a holistic view of some aspects that are possible for interventions for the multiprofessional health team, which is responsible for the effective and integral assistance to meet the biological and psychosocial. Descriptors: Elderly; Diabetes Mellitus; Type 2 Diabetes Mellitus; Self-care; Health Personnel; Ambulatory Care. RESUMEN Objetivo: caracterizar el perfil de personas mayores con diabetes acompañados en seguimiento ambulatorio de una institución hospitalaria utilizando los datos sociodemográficos y clínicos. Método: se trata de un estudio cuantitativo, descriptivo, transversal, realizado con 168 ancianos. Se reunieron los datos a partir de entrevista y consulta al prontuario, sometiéndolos a las técnicas de estadística descriptiva, siendo realizado el test estadístico Qui-cuadrado, y los resultados presentados en forma de tablas. Resultados: se identificó la prevalencia tres veces mayor del sexo femenino (121 = 72%); el número de casados fue superior a las demás categorías (90 = 53,6%); la mitad recibía hasta un salario mínimo (58 = 50%); la mayoría se encontraba en el rango de 60 a 69 años (114 = 67,9%); el tiempo de diagnóstico de la diabetes fue superior a 10 años en 73 (43,5%) entrevistados, siendo la neuropatía diabética la complicación de mayor prevalencia (97 = 58,1%). Conclusión: se reporta, por la realización de este estudio, una visión holística de algunos aspectos que son pasibles de intervenciones, para el equipo multiprofesional de salud, la cual le corresponde la realización de la asistencia efectiva e integral para atender las necesidades biológicas y psicosocial. Descritores: Ancianos; Diabetes Mellitus; Diabetes Mellitus Tipo 2; Autocuidado; Personal de Salud; Atención Ambulatorial.

Diabetes na população idosa: fatores que aumentam a vulnerabilidade e influência do autocuidado e conhecimento da doença

“…Isto corrobora com estudo de Afaya et al (2020), com 330 pacientes portadores do DM2 de três hospitais em Gana, onde o aumento da idade refletiu em menor probabilidade de não aderir ao tratamento medicamentoso. Farinha et al (2020) (ADA, 2019;MELO et al, 2019). Estudos como esse evidenciam a importância de que a população idosa diabética esteja amparada e inserida em programas que visem educação em saúde, capazes de promover um melhor conhecimento e atitudes positivas no tratamento da doença.…”

Impacto do Programa de Automonitoramento da Glicemia Capilar no controle da diabetes em insulino dependentes atendidos em uma farmácia pública

“…24 O tempo de diagnóstico apresenta grande influência nas complicações associadas a DM, uma vez que quando esse tempo é muito prolongado, maior a possibilidade de desenvolvê-las. 25 De Brito e colaboradores 26 encontraram a prevalência de 56,9% para mais de 10 anos de diagnóstico, enquanto que Fernandes e colaboradores 27 , em uma pesquisa realizada em um pronto atendimento, 46,00% para mais de 5 anos.…”

Evaluation of anthropometric indicators and food consumption in patients with type 2 diabetes mellitus

“…(19,20) Estudo realizado com idosos acompanhados na atenção básica no município de Porteiras-CE, apresentou 76,7% de seus participantes sendo do sexo feminino (21) (19) semelhante aos nossos achados que podem sugerir uma maior procura de mulheres aos serviços de saúde, levando a um diagnóstico precoce e prognóstico favorável. (22) Em outras cidades brasileiras, estudos mostraram que mais de 70% de pacientes com DM2, viviam com um a dois salários-mínimos (23,24) semelhantes aos nossos resultados, destacando que o fator econômico pode ser um dos entraves que dificultam a manutenção dos pacientes ao tratamento impactando negativamente no controle glicêmico (25) , além de baixa escolaridade, uma vez que a limitação de acesso a informações, como capacidade de leitura, escrita e compreensão, podem contribuir para uma baixa procura aos serviços de saúde, adesão irregular ao tratamento implicando em um prognóstico desfavorável (23) , como visto em pesquisa realizada com pacientes atendidos na Estratégia de Saúde da Família, onde 53% tinham o ensino fundamental incompleto. (26) Moura et al (2019) (27) ao analisarem o estilo de vida de indivíduos para o controle do DM2, observaram que 54,9% dos participantes não praticavam atividade física, corroborando com nossos resultados que apresentaram predomínio de indivíduos sedentários.…”