Perfil socioeconômico e sexual de mulheres privadas de liberdade

Abstract

RESUMOObjetivo: identificar o perfil sexual de mulheres privadas de liberdade. Métodos: estudo quantitativo, descritivo, corte transversal, envolvendo 56 detentas. A coleta de dados, na Cadeia Municipal, contemplou dados de caracterização sexual. Resultados: evidenciaram menarca e coitarca precoce, pouca variedade de parceiros sexuais nos últimos seis meses e baixa adesão ao uso do preservativo. A homo/bissexualidade e a prostituição tiveram uma frequência significativa. A presença de queixas ginecológicas foi pouco expressiva. No entanto, o número de mulheres que afirmou realizar o exame colpocitológico anualmente foi significativo. Conclusão: diante da vulnerabilidade de mulheres privadas de liberdade, percebe-se que estratégias de prevenção e promoção à saúde, que atendam às peculiaridades dessa população, e a garantia no acesso aos serviços de saúde são fundamentais para a garantia de melhor qualidade de vida dessas mulheres. Descritores: Prisões; Saúde Sexual; Saúde da Mulher; Epidemiologia; Características da População; Perfil de Saúde.ABSTRACT Objective: to identify the sexual profile of incarcerated women. Methods: a quantitative, descriptive, cross-sectional study involving 56 inmates. The collection of data, in the Municipal Chain, contemplated data of sexual characterization. Results: evidenced menarche and early sexual activity, little variety of sexual partners in the last six months and low adherence to the use of condoms. Homo / bisexuality and prostitution had a significant frequency. The presence of gynecological complaints was not very expressive. However, the number of women who reported having a colpocytological examination on a yearly basis was significant. Conclusion: in view of the vulnerability of incarcerated women, health prevention and promotion strategies, which meet the peculiarities of this population, and the guarantee of access to health services are fundamental for guaranteeing a better quality of life for the women. Descriptors: Prisions; Sexual Health; Women's Health; Epidemiology; Population Characteristics; Health Profile.RESUMENObjetivo: identificar el perfil sexual de mujeres privadas de libertad. Métodos: estudio cuantitativo, descriptivo, corte transversal, involucrando 56 detenidas. La recolección de datos, en la Cadena Municipal, contempló datos de caracterización sexual. Resultados: evidenciaron menarca y coito precoz, poca variedad de parejas sexuales en los últimos seis meses y baja adhesión al uso del preservativo. La homo / bisexualidad y la prostitución tuvieron una frecuencia significativa. La presencia de quejas ginecológicas fue poco expresiva. Sin embargo, el número de mujeres que afirmó realizar el examen colpocitológico anualmente. Conclusión: delante de las vulnerabilidades de las mujeres privadas de libertad, se percibe que estrategias de prevención y promoción a la salud, que atiendan a las peculiaridades de esta población, y la garantía en el acceso a los servicios de salud son fundamentales para la garantía de una mejor calidad de vida de esas mujeres. Descriptores: Prisiones; Salud Sexual; Salud de la Mujer; Epidemiología; Características de la Población; Perfil de Salud.

Análise histopatológica da cérvice uterina de mulheres em cárcere de Mato Grosso

“…Os aspectos que envolvem os antecedentes ginecológicos dessas mulheres são semelhantes aos descritos em estudos nacionais, uma vez que as mulheres que se submetem ao exame ginecológico já o realizaram anteriormente em algum período de sua vida (GRAÇA et al, 2018b;BORGES et al, 2018;TERÇAS et al, 2019). Entretanto, uma parcela significativa dessas mulheres relatou que não obteve acesso ao atendimento ginecológico e exame para prevenção do CCU, mesmo possuindo vários anos de experiência sexual.…”

“…Estudo conduzido em Mato Grosso (BORGES et al, 2018) apontou que as queixas ginecológicas, em 2016, eram pouco frequentes em reeducandas, assim como em pesquisa baiana (OLIVEIRA e SANTOAS, 2016), que identificou baixa frequência de queixas em relação às IST nessa população no nordeste brasileiro. No entanto, na observação clínica, foi expressivo os sinais de IST no estudo de coorte 2017; já no ano seguinte, houve uma redução, podendo estar relacionada às ações educativas que foram desenvolvidas pela equipe de pesquisa e acesso à consulta de enfermagem (CORSINO et al, 2018).…”

Vulnerabilidade de mulheres às infecções sexualmente transmissíveis e câncer de colo uterino em uma unidade prisional

“…Frente à vulnerabilidade das mulheres em condição de reclusão e com o conhecimento de que as infecções transmitidas por via sexual são uma realidade dentro do sistema prisional, [3][4][5][6] Também se percebeu o medo das participantes no que se refere à aquisição e transmissão de outras doenças transmitidas sexualmente.…”

“…[3][4][5] O sistema prisional brasileiro é considerado um complicador de saúde pública, devido à inadequada infraestrutura, as condições sanitárias precárias e o contingente prisional excessivo em relação à capacidade das penitenciárias, o que provoca superlotação das celas e favorece a disseminação descontrolada de doenças infectocontagiosas. [2][3][4]6,7 Outra consideração se refere às características biológicas inerentes à mulher, que as tornam suscetíveis às diversas doenças, sejam aquelas de transmissibilidade ou condicionadas por fatores hormonais, imunológicos, genéticos e ambientais. 8,9 A deficiência de programas governamentais focalizados nessa população faz com que se torne mais susceptível ao acometimento por infecções e doenças, dificultando abordagens que reduzem a vulnerabilidade das mulheres encarceradas frente às IST, dentre essas a infecção pelo HIV e do papilomavírus humano (HPV), precursor do câncer de colo de útero (CCU).…”

“…[13][14][15] Dessa forma, pressupõe que mulheres em condição de reclusão são mais vulneráveis às IST e ao adoecimento, constituindo-se uma população com dificuldade em ter acesso aos bens e serviços de saúde básicos, tais como recebimento de informações sobre IST, à realização dos exames citopatológicos e mamografias periodicamente. Tendo Jorge Luis Tavares de Oliveira, Zuleyce Maria Lessa Pacheco, Cristina Arreguy Senna as unidades prisionais a obrigatoriedade de ofertar essas ações de cunho preventivo, de promoção à saúde, o tratamento e de recuperação à saúde, 3,5,6 a presente investigação objetiva compreender o estado de vulnerabilidade de mulheres em condição de reclusão de uma instituição prisional em um município mineiro acerca das IST e CCU.…”