Introdução: A nomofobia refere-se à condição psicológica do temor de permanecer sem o celular ou ser incapaz de utilizá-lo, em consequência da falta de Internet ou ausência da carga de bateria. Além disso, a nomofobia pode ser entendida como o medo ou ansiedade de permanecer desconectado. Objetivo: Verificar a prevalência da nomofobia entre acadêmicos de Enfermagem de uma instituição privada de ensino superior do Distrito Federal. Material e Métodos: Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, transversal, por meio da aplicação de dois questionários: um sociodemográfico e acadêmico; e o Nomophobia Questionnaire (NMP-Q-BR) validado no Brasil. Os critérios de inclusão dos sujeitos da pesquisa foram: acadêmicos de Enfermagem com idade igual ou superior a 18 anos, matriculados regularmente no curso, que assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido e responderam ao questionário em sua totalidade. Resultados: A coleta de dados ocorreu entre os meses de março e abril de 2023 e contou com a participação de 271 estudantes, os quais eram, em sua maioria, do sexo feminino (82,3%), entre 18 e 24 anos (81,5%), autodeclarados brancos (58,3%), solteiros (86,7%) e católicos (41,0%). A pesquisa revelou que os estudantes apresentaram um nível moderado de nomofobia (85,31 pontos). Além disso, estudantes do quarto ano do curso apresentam pontuação acima da média (89,78 pontos em relação aos outros estudantes do curso. Conclusão: Percebeu-se que pode existir uma correlação entre os níveis mais elevados de nomofobia, as próprias características da Geração Z e o advento da pandemia de Covid-19. Faz-se necessária a criação de espaços de escuta e acolhimento nas universidades a fim de minimizar os prejuízos que a nomofobia pode causar entre os universitários, como aumento da ansiedade, depressão, baixa autoestima, dependência emocional e insegurança. Essa situação compromete tanto a vida social, quanto a familiar e a acadêmica.