Introdução: A despeito das elevadas coberturas vacinais, a pertussis persiste como importante causa de hospitalizações e mortes em lactentes, sendo necessárias novas estratégias de vacinação parao controle da doença. Objetivos: Descrever as recentes mudanças na epidemiologia da coqueluche, analisar as principais fontes de transmissão para lactentes, os fatores envolvidos no ressurgimento da doença e as publicações sobre uso de vacinas acelulares em adolescentes e adultos. Métodos: Foram identificados e analisados os artigos publicados no PUBMED e SCIELO, assim como as informações disponíveis nos sites oficiais da OMS, OPAS, CDC, ECDC e do Ministério da Saúde do Brasil, de 01/01/2003 a 31/12/2012. Conclusões: A reemergência da pertussis foi constatada em países que adotam diferentes vacinas e esquemas de imunização. As mais relevantes fontes de pertussis para lactentes, o grupo de mais alto risco para complicações e mortes, são os contatos domiciliares, especialmente, as mães. A proteção oferecida por infecção natural ou por vacinas é limitada. As vacinas Tdap e Tdap-IPV são seguras e imunogênicas, e dados limitados demonstraram que essas vacinas conferem proteção direta e indireta, com efetividade de, aproximadamente 80%, durante 5 anos. É necessário melhorar a educação sobre os benefícios da vacinação de adolescentes e adultos e aprimorar a vigilância da pertussis nesses grupos com maior utilização novos recursos laboratoriais (PCR e sorologia) a fim de identificar o intervalo ideal para administrar as doses de reforço e as melhores estratégias de vacinação para reduzir o número de mortes em lactentes.