“…Nesse sentido, a investigação cartográfica, se utilizando de nosso arsenal de jogos, exercícios e técnicas teatrais, nos permitem intervir no grupo, fazendo variar a disposição do problema, acessando a multiplicidade invisibilizada por modos dicotômicos de análise e produzindo ampliações que aumentem a potência de agir das pessoas participantes. Lago et al (2022) salienta que incorporar o acontecimento em uma investigação, (...) provoca um exercício em que o desenho metodológico é produzido no contato com o campo, na medida em que o sujeito se encontra ativado pela vista do ponto, permitindo que as múltiplas possibilidades do experimentar passem a exigir esta ou aquela técnica de pesquisa (aqui o pesquisador podendo valer-se das diferentes técnicas de investigação qualitativa), com espaço para a construção de inovações metodológicas durante o estudo. Nesse sentido, o pesquisador está "levemente" preparado para o campo, pois se vale do seu arsenal metodológico, sua caixa de ferramentas teórico-metodológica, mas com plasticidade para a incorporação do acontecimento, das exigências que o campo aciona com os encontros entre os participantes do estudo.…”