A Governança Turística (GT) é considerada uma prática de descentralização da gestão pública, promovendo a participação democrática de diferentes atores, tanto na gestão, como na execução de tarefas, e sua relevância ocorre no contexto mundial quanto nacional. Aliado a isto, o contexto pandêmico causado pela COVID-19 remodelou todas as esferas da sociedade, inclusive do turismo. Há projeções que no setor de turismo os impactos econômicos da Covid-19 deverão fazer com que mais de 75 milhões de empregos sejam perdidos e que ocorra um prejuízo de 2,1 trilhões de dólares segundo o World Travel Tourism Council (2020). Neste sentido, este artigo visa analisar a conjuntura das GTs no Brasil no contexto da COVID-19. A metodologia utilizada teve uma abordagem qualitativa de caráter exploratório-descritiva, com técnicas de coleta e análise vinculadas a netnografia. Os resultados apresentaram que apesar do contexto pandêmico da COVID-19 ser prejudicial ao setor turístico, a melhora ecológica é incontestável, fator este muito discutido nas GTs brasileiras, principalmente vinculado ao turismo em massa ou overtourism, o qual deve ser repensado. Além disto, as GTs nacionais se consolidaram como ferramenta efetiva do aumento competitivo, principalmente com a valorização do turismo local, tendência atual e futura neste segmento.