Poised for Emerging Adulthood in Latin America: A Pleasure for the Privileged

Abstract

The purpose of this article is to examine evidence regarding whether the period of the life course referred to as ''emerging adulthood'' exists, or is likely to develop, in Latin America. Central to this examination is recognition of differences in cultural practices and expectations related to adulthood across countries and differences in gender and socioeconomic factors (power, access to education, and degree of economic independence) within countries. Data from diverse sources suggest that some individuals in Latin America experience a period of emerging adulthood in which they are free to pursue different lifestyle options and delay marriage and parenthood. However, the data also suggest that these individuals are largely from wealthier families, urban areas, and more developed countries. For the many Latin American youth confronted with poverty, child marriage, and inadequate educational and occupational opportunities, emerging adulthood will probably unfold quite differently, if at all, even as they are increasingly exposed to new expectations about role exploration and selfdevelopment in their transition to adulthood.

Application of the Future Expectation Scale for Adolescents (FESA) in Brazil

“…Internal consistency reliabilities for the revised version and subscales are presented in Table 1 Despite the fact that the measure was developed for assessing adolescent future expectations, the FESA addresses life domains also very salient to emerging adults. There is a growing international literature about an extension of the process of transitioning to adulthood observed in a number of industrialized societies (Arnett, 2007;Barry, Nelson, Davarya, & Urry, 2010;Douglass & College, 2007;Facio, Resett, Micocci, & Mistrorigo, 2007;Fuligni, 2007;Galambos & Martínez, 2007;Leonard & Scott-Jones, 2010).…”

O prolongamento da transição para a idade adulta e o conceito de adultez emergente: Especificidades do contexto português e brasileiro

“…Assim, a permanência no seio familiar parece ser vista como uma oportunidade para a exploração e o investimento pessoal, baseada numa ética de experimentação e hedonismo, apenas possível através do apoio parental devido às dificuldades financeiras e de inserção em cargos profissionais que permitam a reprodução do nível social da família de origem (Galambos & Martínez, 2007;Henriques et al, 2003, Silveira, 2004. Por esta razão, pode-se afirmar que a vivência deste período de instabilidade e exploração está intimamente relacionada com as estruturas socio-económicas de cada país, e no modo como estas configuram as trajectórias possíveis de transição para a vida adulta.…”

“…Por esta razão, pode-se afirmar que a vivência deste período de instabilidade e exploração está intimamente relacionada com as estruturas socio-económicas de cada país, e no modo como estas configuram as trajectórias possíveis de transição para a vida adulta. Nas sociedades mediterrânicas e sul-americanas, os valores familiares, associados à ausência de políticas de apoio à emancipação, favorecem a emergência de padrões distintos na aquisição de um estatuto de adulto descritos por Arnett (Andrade, 2010;Galambos & Martínez, 2007).…”

“…Tendo em conta que a individualização radical levou a uma transformação nos objectivos da sociedade, cada vez menos inclusivas e mais exclusivas, pode-se afirmar que a certeza dos pobres e dos miseráveis levam a valorizar a importância da incerteza, da instabilidade e do risco (características salientadas por Arnett na descrição da teoria da adultez emergente), em que a possibilidade de mobilidade se apresenta como a nova fonte de poder (Gane, 2001;Rezende, 2007). Nos países sul-americanos, nos quais se registam as maiores desigualdades entre ricos e pobres, pode-se afirmar que a pobreza limita francamente as possibilidades de exploração, empurrando os jovens para assumir papéis e responsabilidades de adulto com vista à subsistência (Galambos & Martínez, 2007). CONCLUSÃO Nas últimas décadas tem-se assistido a um prolongamento da transição para a vida adulta, fundado em mudanças no sistema educativo e laboral e transformações na esfera da vida privada, como a idade média ao primeiro casamento e à paternidade.…”

“…Galambos & Martínez, 2007), especialmente no Brasil (p. ex., Henriques, Jablonski, & Féres-Carneiro, 2004;Silveira, 2004;Wendling & Wagner, 2005) e na Argentina (p.…”