No contexto contemporâneo, em que se multiplica a quantidade de imagens que perpassam nossas atividades cotidianas, de que forma somos sensibilizadas(os) por elas? Em quantos momentos singulares acende uma faísca que nos afeta para uma investigação quanto às estratégias possíveis de deslocamento do racismo? As expectativas advindas das referências afrocentradas do videoclipe Brown Skin Girl, interpretado pela cantora Beyoncé, são relativamente altas quando se almeja urgentemente superar as ambiguidades do sistema racializado de representação. No caminho em busca das respostas, para além da análise imagética do videoclipe, a proposta foi construir uma narrativa visual com desenhos, colagens e poesia. No entrelaçamento das construções narrativas, as intenções foram diversas, podendo destacar a inversão dos estereótipos negativos, a aceitação e celebração da diferença, assim como, a percepção dos limites e fragilidades em se desafiar os regimes hegemônicos de produção e representação das imagens.
Palavras chave: Videoclipe. Narrativa visual. Raça. Gênero. Desenhos.