“…Como observado em outros estudos (Martino, 2007;, esse tipo de propaganda parece se aproximar, sobretudo, do entretenimento, a partir de uma perspectiva não propriamente de apresentação e debate de ideias políticas. Trata-se, na verdade, de uma forma de ação que privilegia a performance da política e destaca a sua visualidade, trilha largamente seguida pela propaganda democrática, como assinalam, entre outros, Alexander (2010), Martino (2011), Panke (2010), Panke e Philippi (2019), Rees (1997), Rubim (2000) e Weber (2000;2021). Há, contudo, uma consequência imediata no campo político, indicada por Adorno (2019): a perda de interesse na política, que, na melhor das hipóteses, será vista como algo distante da vida cotidiana, com a qual o público não manteria nenhuma relação direta, e a percepção da saturação dos mesmos problemas, figuras e situações.…”