“…Entre os anos de 1970/80, como indicado nas linhas acima, a ligação entre esse renomear e o envolver-se nos ativismos populares se estabelecia de forma mais visível, dadas todas as dimensões daquele contexto histórico. Nas décadas seguintes, profundas mudanças, decorrentes da dispersão da racionalidade neoliberal nas variadas dimensões das práticas sociais, vêm embaralhar esse cenário: desemprego, intensa precarização do trabalho, dificuldade extrema de moradia, expansão da lógica concorrencial nas relações sociais, incentivos ao ativismo de viés empreendedor e empresarial (Maranhão, 2011;Feltran, 2006), apropriação normativa de parte dos movimentos sociais (Baierle, 2009;Rizek, 2007). Renomear o vivido, num contexto de precarização das condições de sobrevivência e desilusões em relação às expectativas coletivas anteriores, torna-se ainda mais complexo.…”