Políticas de saúde para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil: em busca de universalidade, integralidade e equidade

Abstract

Neste artigo são analisadas as políticas públicas de saúde voltadas à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Brasil, a partir de entrevistas com gestoras governamentais e com integrantes da sociedade civil organizada, além da análise crítica de planos, programas e outros documentos de referência. Destacamos ações no âmbito do Poder Executivo Federal, concebidas e executadas por parcerias intragovernamentais e com a sociedade civil, tendo LGBT como público-alvo. Identificamos, por fim, que tais ações, quando comparadas às de outras áreas, caracterizam-se como mais consolidadas, transversalizadas, intersetorializadas e pioneiras, embora ainda não plenamente estruturadas segundo os princípios de universalidade, integralidade e equidade.

Cultural care: sexual orientation as bias in health care practices

“…This way, in the ambience of health care, given the heteronormative culture and prejudiced worldview, the association between AIDS and homosexuality/ bisexuality becomes common, socially reinforced and able to interfere in the environmental context of professionals and users, resulting in discriminatory behavior in healthcare services, distance from the homosexual and bisexual population, as a result of the institutional violence suffered [31].…”

“…The need for health professionals awareness of the non-discriminatory care of homosexual and bisexual population is identified by study participants as being essential for the transformation and redefinition of concepts and care practices directed at sexual minorities, aiming to offer a humanized care, holistic and qualified health services [31].…”

O que esperam pessoas trans do Sistema Único de Saúde?

“…Nesse sentido, a vida de homens e mulheres trans, com suas singularidades e particularidades, solicita ao Estado e aos serviços públicos de saúde um tratamento diferenciado, com atendimentos especializados que compreendam suas necessidades de transformação corporal como necessidade em saúde, bem como os demais desdobramentos políticos, estéticos, sociais, econômicos e culturais de seus processos de transição no gênero como componentes de seus processos de saúde e doença [1][2][3][4][5] .…”

Os jovens homossexuais masculinos e sua saúde: uma revisão sistemática

“…Essas questões relacionam-se, sobretudo, a: demandas desses sujeitos, ausência de cuidado adequado e persistência de preconceito/discriminação na sociedade e nos serviços de saúde [2][3][4][5][6] . A partir dessas considerações, permanece uma questão-síntese: Quais as contribuições da produção do conhecimento sociocultural acerca da homossexualidade masculina para o campo da saúde?…”