ResumoEste artigo pretende perscrutar a aplicabilidade do conceito de "regime de bem-estar social" na América Latina. Enquanto conceito tido, primeiro, como operacional no caso dos países ocidentais, encontra no subcontinente uma aplicabilidade específica, tendo em consideração o formato da relação entre o Estado, o mercado e as famílias. Desta forma, pretende-se avaliar a bibliografia que aplica este conceito ao caso latino-americano, contrastando-a com a generalização do conceito de Estado Social, mas também especificando as suas diferenças relevantes com a literatura sobre os regimes de bem-estar no "sul". Finalmente, discute-se, a par da desigualdade estrutural, a importância dos eixos "informalidade-formalidade" do mercado de trabalho e "produtivismo-protecionismo" na definição dos diversos regimes de bem-estar social latino-americanos.
Palavras-chaveAmérica Latina, regimes de bem-estar social, informalidade-formalidade, produtivismoprotecionismo.