Por que a letalidade hospitalar do infarto agudo do miocárdio é maior nas mulheres?

Abstract

Purpose -To assess the influence of age, disease severity at admission and therapeutic interventions on the higher in-hospital case-fatality rate of acute myocardial infarction (MI) in women.Methods -A retrospective cohort study involving a total of 388 acute MI patients (50 deaths (OR=1.99;. This association became weaker after taking into account disease severity at admission (OR=1.84;) and therapeutic interventions for acute MI (OR=1.50; IAM (com ou sem ondas Q), comorbidades, história de acidente vascular cerebral e intervenções terapêuticas para o IAM (ácido acetil-salicílico, betabloqueadores e agentes trombolíticos). Modelos de regressão logística foram usados para avaliar a influência de potenciais variáveis confundidoras na associação entre sexo e letalidade hospitalar do IAM.Resultados -A letalidade hospitalar do IAM foi mais alta em mulheres (19,5% vs 9,4%) do que em homens (odds ratio (OR)= 2,34; IC 95%= 1,47). Embora as mulheres fossem significantemente (p<0,01) mais idosas, a associação entre sexo e morte reduziu-se em apenas 15% após ajuste para idade (OR= 1,99; IC 95 %= 1,67). Esta associação tornou-se mais fraca ao se considerar a gravidade da doença na admissão (OR= 1,84; IC 95%= 0,74) e intervenções terapêuticas para o IAM (OR= 1,50; IC= 0,38 Em contraste com a incidência do infarto agudo do miocárdio (IAM), maior entre homens, a letalidade hospitalar do IAM é maior entre as mulheres [1][2][3][4][5] . Em Salvador, o nú-mero de mortes por IAM vem crescendo desde o final dos

Maior letalidade e morbidade por infarto agudo do miocárdio em hospital público, em Feira de Santana - Bahia

“…If the patient receives appropriate hospital care within few hours after onset of the symptoms, the mortality worldwide is around 10% 2, similar to that observed in the hospitals of the cities of Rio de Janeiro (10.8%) and Niterói (12.3%) 3,4 . However, this percentage may not reflect the reality when there are factors such as delay between the onset of pain and arrival at the hospital, delay in the start of in-hospital treatment, restrictions on the use of myocardial protection measures, such as primary angioplasty and thrombolytics, and on access to intensive care unit 2,5 . In addition, the social strata of lower income and education show a more serious natural history of CAD, with the possibility of higher mortality and morbidity in the first 28 days post-AMI 6,7 .…”

“…Although the reasons for this are not well defined, it is noteworthy that public health care units, such as hospitals and health care centers, do not always have a specialized staff for emergency cardiovascular care, there is scarcity of certain drugs, such as thrombolytics, and there are insufficient number of beds in ICU to meet local demand, and these are issues that have an important influence on the prognosis of the disease. Other factors like limited access to a specialized hospital or outpatient care unit of better quality, and limitations on the maintenance of appropriate preventive measures of primary or secondary type have also been considered [5][6][7] .…”

Perfil de idosos assistidos por unidades de Estratégia de Saúde da Família que sofreram infarto agudo do miocárdio

“…O fato de as mulheres terem infartado mais do que os homens vem ao encontro de estudo realizado com 388 pacientes, na cidade de São Paulo, que buscou identificar a letalidade hospitalar de pacientes por IAM, mostrando que a mesma foi mais elevada em mulheres do que em homens. 20 Mais de 70% dos idosos pesquisados foram submetidos a revascularizaçao. Em relação a esta modalidade de tratamento, a cirurgia de revascularização do miocárdio em idosos com mais de 70 anos leva a uma incidência maior de morbidade e mortalidade, se comparada a pessoas mais jovens.…”

A dor torácica em mulheres no atendimento de emergência: conduta e evolução

“…No GUARANTEE 13 , foi observado uso reduzido de heparina em AI para ambos os sexos, porém menor na mulher; na população aqui estudada, a heparina também foi pouco administrada e o número encontrado não permitiu comparação do uso entre os sexos. Os betabloqueadores foram menos administrados às mulheres (2,9% x 15,6%), o que está de acordo com várias análises em síndromes coronarianas agudas 13,16,28 . Coincidindo com a literatura 8 , a proporção do uso de nitratos também foi menor nas mulheres.…”