Neste trabalho, compartilhamos experiências relativas a aulas de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) durante o período da pandemia da COVID-19, no Programa MoVe, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Refletimos acerca da crise migratória mundial, da necessidade de acolhimento a imigrantes, dos pressupostos teóricos e metodológicos do ensino-aprendizagem de PLAc, da afetividade na construção do acolhimento e de estratégias para essas relações afetivas em um contexto de ensino-aprendizagem on-line. Analisamos como diversas estratégias foram utilizadas para estabelecer relações afetivas positivas e construir um ambiente educativo de acolhimento e concluímos que é possível acolher on-line desde que não haja somente a tentativa de transposição de atitudes presenciais para o ambiente virtual, mas com o entendimento de que o acolhimento extrapola as ações meramente pedagógicas e se constrói no fluxo das relações afetivas e das interações interpessoais, as quais podem ser mediadas por ferramentas digitais.