Aos queridos membros e colegas do grupo de pesquisa Psicanálise, Política, Significante (PsiPoliS).Aos queridos membros e colegas do grupo de pesquisa Discurso e Arquivo (DArq).Aos amigos, colegas e funcionários do IEL.À Vanessa D'Afonseca, pela parceria intelectual.À Cécile Apsâra : merci pour ton accueil chaleureux à Rennes ! À minha família do Rio e às minhas famílias de Minas.À Laís e à Karine, pelo amor. Por nosso espaço de luto.Ao Leo, pelo tempo vivido e pelo tempo a viver.A todos que fizeram parte desse percurso pela ciência e pela poesia.Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo financiamento desta pesquisa.
RESUMOEste ensaio aborda a prisão, a queda e o sumiço; aborda a zona cinzenta entre luto e melancolia.Nele, analiso um livro de poemas escrito nos cárceres da ditadura civil-militar brasileira. Em Inventário de cicatrizes, de Alex Polari (1978), o poeta versa sobre práticas de violência associadas à repressão, inventariando fraturas pessoais e coletivas e traçando o destino das vidas marcadas, transformadas em cinzas. Se certas experiências históricas e geracionais interditam o trabalho de luto, a escrita poética de Alex Polari permite entrever como luto, sonho e ato se enodam, operando uma subjetivação da perda.