Introdução: A neurossífilis (NS) é uma manifestação grave e tardia da infecção pelo Treponema pallidum, a bactéria causadora da sífilis, que afeta o sistema nervoso central. Esta condição resulta da disseminação hematogênica do patógeno para o sistema nervoso, causando uma variedade de sintomas neurológicos. Objetivo: Avaliar a patogênese, o diagnóstico e o manejo da neurossífilis. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que incluiu artigos originais e revisões sistemáticas em inglês e português, que abordaram os aspectos patogênicos, diagnósticos e terapêuticos da neurossífilis, publicados entre 2014 e 2024, selecionados nas bases de dados PubMed, Scopus e SciELO. Após a seleção criteriosa, foram escolhidos 28 artigos para compor esta revisão bibliográfica. Resultados: O T. pallidum apresenta uma condição de evasão imunológica complexa. A patogênese da NS envolve complexas interações bioquímicas, incluindo a regulação do sistema de variação antigênica, desequilíbrios entre metaloproteinases. O diagnóstico inclui os testes VDRL e TPPA, contudo, há desafios associados aos testes. O manejo do quadro apresenta a penicilina G benzatina como primeira escolha, além disso, outros antibióticos podem ser utilizados, como a doxiciclina e a ceftriaxona. Considerações: A NS apresenta uma patogênese ampla e complexa, e inclui múltiplos mecanismos de evasão imunológicas associados. Devido à dificuldade da identificação direta do patógeno, o diagnóstico está associado à identificação de anticorpos. O manejo inclui a antibioticoterapia, sendo necessário a vigilância clínica cuidadosa e estratégias individualizadas para evitar possíveis reações adversas e garantir o melhor manejo possível desta condição complexa e multifacetada.