A COVID-19 tem consequências sensório motoras, cognitivas, psíquicas e nutricionais que necessitam de reabilitação. Objetivo: Descrever o programa de reabilitação ambulatorial desenvolvido no Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, otimizado, intensivo e de curta duração. Método: Obtivemos informações sociodemográficas e clínicas de 12 adultos com diagnóstico laboratorial de COVID-19, grave e crítica, que necessitaram de hospitalização na fase aguda. Avaliações funcionais: Escala de Medida de Independência Funcional (MIF), EQ-5D-5L, World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0), Post-COVID-19 Functional Status scale, Medical Research Council (MRC) dyspnea scale, escala visual analógica (EVA) para dor, DN-4 (Douleur Neuropathique 4), escala de sonolência de Epworth, Índice de Gravidade da Insônia, Montreal Ontario Cognitive Assessment (MoCA), escala de Depressão, ansiedade e estresse (DASS-21), avaliação nutricional, Timed Up and Go, teste de caminhada de 10 metros, teste de preensão palmar, MRC sum score, ultrassonografia musculoesquelética da coxa antes, durante e após programa de reabilitação ambulatorial. Este incluiu estimulação magnética indutiva e elétrica musculoesquelética, tratamento por ondas de choque extracorpóreas, exercícios isocinéticos, abordagem emocional, estimulação cognitiva, estimulação do desempenho ocupacional, orientação nutricional e programa educacional por aplicativo COMVC. O tratamento foi realizado duas vezes por semana até atingir os critérios de alta pré-estabelecidos. Resultados: VAS e TUG proporcionaram melhora estatisticamente significante (p <0,001). PCFS, MIF, Handgrip, 10 MWT e DASS-21 domínio ansiedade apresentam tendências de melhora. Conclusão: O programa melhora a dor, mobilidade e ansiedade em pacientes com COVID longa.