Potencial antimicrobiano de extratos e moléculas isolados de plantas da Caatinga: uma revisão

Abstract

A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil e ocupa 800.000 km². A cobertura vegetal é representada por formações xerófilas muito diversificadas. Sua biota é rica em espécies endêmicas, e apresenta potencial medicinal, com espécies que possuem substâncias capazes de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos, o que vem despertando o interesse científico. O presente trabalho objetivou analisar o desenvolvimento do conhecimento científico sobre o potencial antimicrobiano de plantas da Caatinga. Foram analisados 51 artigos, no período entre 1999 a 2017, nos idiomas português e inglês, com buscas nas Bases de Dados PubMed e Portal de Periódicos CAPES. Ao todo, 48 famílias botânicas com 167 espécies foram alvo de estudos, sendo, a família Fabaceae a mais citada, com 45 espécies e, desta, Mimosa foi o gênero de maior ocorrência, com 5 espécies. Entre os microrganismos inibidos, por maior número de extratos, estão Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Candida albicans. Os diferentes trabalhos citados aqui evidenciam a potencial aplicação de extratos ou moléculas de plantas oriundas da Caatinga, utilizadas para o desenvolvimento de drogas para tratamentos. Entretanto, esse levantamento evidenciou que, ainda são poucos os relatos sobre o isolamento de princípios ativos, ficando clara a necessidade de mais estudos sobre o assunto.

Consumo de Brugmansia suaveolens (Trombeta de Anjo) e perturbação psíquica

“…A atividade nematicida refere-se à capacidade da planta ou produto químico de eliminar nematoides parasitas (Mesquita, Pinto & Moreira, 2017;Moreira, 2013). Foi demonstrado que a extração etanólica das flores da B. suaveolens, na concentração de 1000 mg/L, apresenta 64% de atividade nematicida contra Meloidogyne incognita.…”

“…Sua utilização, principalmente por meio do chá de suas flores e de suas folhas, tem alto potencial de causar delírios e alterações importantes nos níveis de consciência (Jayawickreme, Janaka & Subasinghe, 2019). Dessa forma, sendo uma planta componente da flora brasileira e de outras regiões sul-americanas, a discussão de efeitos tóxicos relacionados ao seu consumo é de grande relevância (Mesquita, Pinto & Moreira, 2017).…”

Ação de Justicia pectoralis Jacq. (Acanthaceae) no tratamento de infecções do trato respiratório: uma revisão de literatura

“…Historicamente inserida na vida do homem desde a pré-história, o uso de espécies medicinais como medicamento é considerado como uma das práticas terapêuticas mais antigas e rentáveis que têm acompanhado a humanidade ao longo dos anos (Melo et al, 2017;Sarmento Gadelhara, Borges Maracajá, & Martins, 2015) Caracterizada pela utilização de plantas em diversas formas farmacêuticas, a fitoterapia levou a descobertas promissoras da ação terapêutica para o ser humano. As plantas medicinais são constituídas por substâncias bioativas, denominados de metabólitos secundários que podem ser responsáveis por ações profiláticas para algumas patologias (Mesquita, Pinto, & Moreira, 2017). Diante disso, o interesse por essa prática vem aumentando entre pesquisadores, serviços de saúde e usuários na possibilidade de garantir uma terapia eficiente com menos efeitos colaterais (Costa et al, 2019;De Lima & Macedo, 2019) Diversas patologias têm sido tratadas através da utilização de plantas, dentre elas vale destacar as que estão relacionadas ao trato respiratório.…”

Propagação Vegetativa Do Feijão-Bravo Com Indutor Natural De Enraizamento

“…Dentre as espécies da flora e fauna, 481 são endêmicas (AVANCINI; TEGA, 2013). Esse bioma ocupa uma área de 800.000 km² (FILIZOLA; SAMPAIO, 2015) e abrange os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais (MESQUITA et al, 2017). Nos fatores físicos aponta um local com paisagem semiárida, onde apresentam os solos rasos e pedregosos cobertos por vegetação característica da região, o que é um desafio para o homem adaptar-se ao local para a sua sobrevivência nas grandes estiagens (RAMALHO, 2013).…”