Potencial Oxidante das Porfirinas FeTDC(SO3-Na+)PP e MnTDC(SO3-Na+)PP Frente a Sistema Modelo de Membrana Mitocondrial

Abstract

RESUMOPorfirinas são uma classe de moléculas de coloração forte que possuem estrutura química formada por um anel macrocícliclo aromático constituído de quatro grupos pirrol ligados a um metal em transição que define suas propriedades. Um de seus maiores atrativos é a capacidade de gerar radicais livres que promovem desestabilização da célula levando-a à morte. O objetivo deste trabalho é demonstrar o efeito das porfirinas FeTDC(SO 3 -Na + )PP e MnTDC(SO 3 -Na + )PP em sistemas modelo de membrana mitocondrial. Para determinação do potencial oxidante das porfirinas utilizou-se método de TBARs, empregando diferentes concentrações dos compostos porfirínicos, onde foi possível observar que a porfirina baseada em manganês possui propriedades antioxidantes, seja na presença de agentes oxidantes como o ferro ou na oxidação lipídica espontânea, enquanto a porfirina baseada em ferro possui propriedades oxidantes, estas reduzidas na presença de peróxidos como o tert-butyl hidroperóxido.Palavras-chave: Porfirinas, Membranas, Terapia Fotodinâmica, Espécies Reativas de Oxigênio INTRODUÇÃO Porfirinas são moléculas de origem natural ou sintética, de coloração forte, que apresentam estrutura química formada por um anel macrocíclico aromático composto de quatro resíduos do tipo pirrol, ligado a um grupo metal em transição, o qual é diretamente responsável pelo seu comportamento. Na grande maioria dos casos o metal envolvido é o ferro, porém podem também apresentar metais como cobre, zinco, manganês, rutênio e outros (1,2,3) . Devido a seu vasto campo de aplicação, a realização de estudos relacionados à compreensão e controle de diversos fenômenos químicos e biológicos envolvendo esta classe de moléculas tem se tornado algo extremamente interessante, principalmente por apresentarem propriedades catalíticas que podem ser aplicadas tanto na terapia anti-tumoral quanto no tratamento de resíduos em efluentes. Além disso, as aplicações biotecnológicas destas estruturas se estendem a diversas áreas, como na construção de nanoestruturas e estruturas supramoleculares capazes de atuar a nível molecular como pequenas máquinas direcionadas a atividades específicas (4) . A capacidade antitumoral de diferentes metaloporfirinas costuma estar associada ao seu potencial de gerar oxigênio singlete quando submetidas à irradiação, o que explica sua associação ao processo de terapia fotodinâmica anti-neoplásica. Além disso, porfirinas baseadas em ferro e manganês são citadas como agentes em potencial no combate ao câncer,