A necrópole brasileira enfrenta importantes dilemas de ineficiência técnica. Diante dessa problemática, o objetivo deste trabalho é identificar abordagens predominantes sobre o tema, reconhecendo tanto o direito à sepultura no processo sustentável de urbanização quanto o cemitério público como responsabilidade governamental na representação indistinta dos cidadãos. Com estratégia multimétodos, abordagem qualitativa e natureza exploratória, a pesquisa foi fundamentada na revisão sistemática de literatura, precedida de informações bibliométricas. Os resultados são sistematizados em três recortes temporais acerca da temática: passado, com contextualização da sua evolução até o início do século XIX; presente, com interpretação de questões contemporâneas, notadamente no Brasil; e futuro, com reflexões sobre tendências, inclusive frente à atual pandemia global. Conclui-se, então, pela essencial interdisciplinaridade do assunto e pela relação recíproca entre a urbe e o morto, imbricados em ampla diversidade de direitos.