“…No primeiro caso, documentado em várias línguas, crianças produzem formas finitas de verbos que não existem na língua dos pais (como "fazi", em vez de "fiz", e "sabo", em vez de "sei", em português; e "goed", em vez de "went", em inglês). No segundo, crianças produzem orações sem qualquer marcação morfológica de tempo e concordância, como no exemplo abaixo, do holandês (apud BLOM, 2008, p.18) A linguística cognitiva teria, ainda, de dar conta do que é comumente chamado de "argumento da pobreza do estímulo" (BERWICK et al, 2011;PIATTELLI-PALMARINI, 1980;CHOMSKY, 1957) e da gênesis de línguas Mesmo não aceitando esses argumentos e mantendo uma aprendizagem da sintaxe por correlação, um pesquisador precisaria supor (para depois confirmar) uma maneira de instanciar as construções no cérebro. Ou seja, como afirma Pulvermüller (2002), precisa haver um desenvolvimento teórico para que se chegue a respostas que são, em última análise, empíricas.…”