A presente pesquisa reflete criticamente sobre as concepções clássicas do poder, com o objetivo de identificar as principais fontes teóricas do poder utilizadas nos estudos de redes interorganizacionais para, posteriormente, delimitar os elementos conceituais convergentes. Por meio de pesquisa exploratória e de natureza qualitativa, o problema de pesquisa decorre da falta de clareza constatada no levantamento bibliográfico, sobre quais aspectos do poder as teorias de redes estão associadas. Os resultados indicam que os estudos sobre o poder em redes têm privilegiado os aspectos racionais e econômicos, em detrimento da perspectiva social de redes, cuja visão é horizontalizada. Como contribuição metodológica apresentam-se sete categorias criadas a partir das convergências conceituais entre as perspectivas de poder e as perspectivas teóricas de redes, resultando no desenvolvimento de um modelo conceitual capaz de orientar a compreensão da dinâmica do fenômeno em futuras pesquisas de campo.