OBJETIVO: Verificar a associação de variáveis sociodemográficas e clínicas entre os diferentes níveis de atividade física praticada por idosos vinculados ao setor suplementar de saúde brasileira. MÉTODOS: Estudo quantitativo e de corte transversal conduzido com 361 idosos pertencentes a uma seguradora de planos de saúde, do segmento medicina de grupo, localizado na cidade de São Paulo, SP, Brasil. Para mensuração dos diferentes níveis de atividade física, aplicou-se o instrumento International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) traduzido, adaptado e validado para a população geriátrica brasileira. Ademais, empregaram-se ainda instrumentos de caracterização sociodemográfica e de mensuração da capacidade funcional para as atividades de vida diária, a função cognitiva, os sintomas depressivos, a autopercepção da saúde, o estado nutricional e o risco de queda. Após análise descritiva, realizou-se análise comparativa por meio dos testes de ANOVA e de χ 2. O teste de Brown-Forsythe foi utilizado para situações em que não foi encontrada homogeneidade e o teste de Dunnett para comparações múltiplas. RESULTADOS: Verificou-se que 63,3% dos idosos praticavam baixos níveis de atividade física e apenas 5,6% praticavam atividade física vigorosa. Nessa amostra, variáveis como autopercepção de saúde positiva (p = 0,032), sono adequado sem auxílio de medicações (p = 0,020) e independência para atividades de vida diária (p < 0,001) estiveram positivamente associadas ao aumento dos níveis de atividade física, enquanto idade avançada (p < 0,001), declínio cognitivo (p < 0,001), sintomas depressivos (p < 0,001) e dificuldade de mobilidade (p < 0,001) se associaram negativamente a baixos níveis de atividade física. CONCLUSÃO: Variáveis demográficas e clínicas são fatores associados positiva e negativamente com os diferentes níveis de atividade física de idosos pertencentes ao setor suplementar de saúde. PALAVRAS-CHAVE: envelhecimento da população; atividade física; sedentarismo; planos de pré-pagamento em saúde.