ResumoAtravessar limites e romper molduras é uma especialidade da arte contemporânea. A este desafio respondem obras de arte que evidenciam uma nova relação com o público que abandona a atitude contemplativa e passa a ter outra mais direta e ativa. Neste artigo apresento um estudo de caso de uma obra de Ricardo Basbaum para pensar de que maneiras uma obra de arte contemporânea pode moldar estruturas ativamente, para sua própria produção e receção. Apresento o trabalho e faço uma breve pincelada de seu contexto na História da Arte, e em seguida dou atenção para o modo como as noções de "estruturação" informam tanto as interações que ocorrem durante o trabalho como a preparação para a receção da obra pelo público de arte. Em vários pontos, a questão sobre "os limites entre arte e vida" surge novamente, e termino com uma consideração sobre estes termos.Palavras-chave: arte contemporânea, interação, performances, Ricardo Basbaum.
AbstractCrossing boundaries and breaking frames is a specialty of contemporary art. This challenge is issued by works of art that evidence a new relationship with the public once it leaves the contemplative attitude and starts to have another more direct and active one. In this article I present a case study of a work by Ricardo Basbaum to think about ways in which a contemporary work of art can actively shape structures for its own production and reception. I present the work and give a brief glimpse of its context in the History of Art, then I pay attention to how the notions of "structuration" inform both the interactions that occur during the work and the preparation for the reception of the work by the public of art. At various points, the question of "the boundaries between art and life" comes up again, and I end with a consideration of these terms.