Este artigo pretende ressaltar, à luz das discussões sobre equidade e inclusão em educação matemática, a atualidade dos resultados de uma pesquisa concluída em 2007. Esta pesquisa, de abordagem qualitativa, buscou investigar possibilidades e contribuições da abordagem exploratório-investigativa para a aprendizagem matemática de alunos participantes de um projeto de recuperação, sobretudo para compreender e enfrentar o problema do fracasso escolar. Este projeto de recuperação integrava o regime de Progressão Continuada da rede pública de ensino do estado de São Paulo, adotado atualmente por outros estados, o que torna esta discussão ainda relevante. Os dados analisados foram coletados em uma classe que equivale ao atual 9º ano do ensino fundamental (14-15). Os referenciais analíticos da pesquisa são oriundos dos campos da educação, da educação matemática e da antropologia. A revisitação deste estudo permitiu evidenciar que a abordagem exploratório-investigativa pode favorecer a emancipação e a inclusão escolar de alunos, constituindo-se como uma forma de ressignificar o fracasso escolar e de enfrentar um sistema que visa manter a barbárie.