Botânica muitas vezes é entendida como difícil, memorística e enfadonha devido aos métodos tradicionais de ensino; dessa forma, utilizar métodos mais ativos que possibilitem o desenvolvimento de novas habilidades, como o uso das artes cênicas, podem mudar a visão sobre essa temática. Assim, este trabalho objetivou perscrutar sobre a utilização do teatro como estratégia para o ensino e aprendizagem de botânica ao relatar sobre o emprego de esquetes como alternativa dinâmica de ensino-aprendizagem nessa área. A pesquisa foi desenvolvida com 40 alunos matriculados na disciplina Morfologia e Taxonomia de Criptógamas do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará. Os discentes foram divididos em grupos e cada equipe ficou responsável por encenar um esquete, que culminou nas apresentações em forma de festival. Os resultados apontam que o teatro pode influenciar a formação de licenciandos e que, segundo os estudantes, essa ferramenta, mesmo que trabalhosa, é considerada educativa, lúdica, transdisciplinar e inovadora. O interesse pelos temas botânicos nos quais os estudantes ficaram responsáveis para realização dos esquetes aumentou à medida que o projeto avançou, sendo que ao final 72,5% apresentaram interesse alto. As apresentações que mais chamaram a atenção foram: Alice no país dos fungos (semestre 1) e Briófitas do sertão (semestre 2), pois eram atrativas, bem encenadas e interativas com o público. Observa-se, por fim, que as artes cênicas podem ser um importante método de ensino que possibilita a aprendizagem ativa de conteúdos e desenvolvimento de novas habilidades, especialmente no que refere a conteúdos botânicos.