Preditores do uso do Facebook pelos adolescentes: Contributos de um estudo exploratório

Abstract

Resumo.A generalização do uso das redes sociais online, tem trazido oportunidades e constrangimentos ao mesmo tempo-ou até mais depressa-que a investigação e o conhecimento sobre este tópico. Neste trabalho, pretendemos explorar o papel de variáveis pessoais e psicossociais no uso do Facebook, recorrendo a um conjunto de questionários de autorrelato junto de uma amostra de 386 adolescentes portugueses. Os resultados obtidos permitem verificar diferenças na utilização em função do género, uma relação positiva com a idade, a autorregulação e autoestima, sendo a interação com pares da sua rede de contactos offline o mais forte preditor para o uso das redes sociais. Estes dados sugerem o papel desta aplicação como um meio para manter o contacto com os pares. Palavras-chave. Uso do Facebook, adolescentes, autoestima, autorregulação, pares.Abstract. The widespread use of social networks has brought opportunities and constraints at the same time, even faster than research and knowledge on this topic. In this paper, we intend to explore the role of personal and psychosocial variables in Facebook use, considering a set of self-report questionnaires to a sample of 386 Portuguese adolescents. We found gender differences in social network use, a positive relationship with age, self-regulation and self-esteem, with peer interaction with offline contacts as the strongest predictor for social network use. These data suggest the role of this application as a mean to maintain contact with peers.

Uso abusivo de Facebook entre universitarios portugueses: contribución a la adaptación de la Bergen Facebook Addiction

“…Diversos estudios señalan como las redes sociales son un recurso determinante para mantener activo el contacto con los amigos "off-line" (Dias, García del Castillo y García del Castillo-López, 2017;Hew, 2011;Valkenburg y Peter, 2007;), para jugar, visionar videos online, o contactar con nuevas personas (Ross et al, 2009). …”

Problematic Internet and Facebook use and online gaming among university students: An exploratory study

“…As this population is one of the populations at highest risk of addiction (Brezing, Derevensky, & Potenza, 2010;Griffiths, 2014;Young, 2010;Wittek et al, 2016), studies using higher education students are useful for deepening knowledge of an emerging reality for which gaps in research remain and divergent results have been obtained. Although there is some research in the Portuguese context with young populations (Dias et al, 2017;Dias et al, 2018;Pontes, Andreassen, The first goal of this study was to explore the existence of gender differences in problematic online gaming, Facebook, and Internet use. The results indicated gender invariance in the constructs as measured by the instruments.…”

“…With the widespread use of social networks and Internet accessibility, empirical studies began multiplying only two decades after these first studies . Despite the potentialities of social networks and online gaming, such as the development of cognitive and motor skills and the improvement of socialization skills (e.g., Abreu, Karam, Goés, & Spritzer, 2008;Dias, Garcia del Castillo, & Castillo-López, 2017;Valkenburg & Peter, 2009), evidence of potential mental health risks for users has also started to emerge (Abreu, Karam, Goés, & Spritzer, 2008;Carras, Rooij, Mheen, Musci, Xue, & Mendelson, 2017;Hyun al., 2015;Irles & Gomis, 2015;Kruss & Griffiths, 2011;Lemos & Santana, 2012). However, research also suggests that the problematic use of these tools differs across groups, particularly across gender.…”

Mundo virtual e saúde mental: influência das mídias sociais na autoimagem dos adolescentes

“…Revista de Gestão e Secretariado -GeSec, V. 15, N. (Vieira et al, 2022;Gonçalves et al, 2023;Cortés et al, 2021;Fagundes et al, 2020). Três artigos (30%) abordaram como a tecnologia influencia na construção da identidade dos adolescentes Dias et al, 2017;Lima et al, 2016). Três artigos (30%) mostraram a influência da mídia sobre os padrões estéticos e a autoimagem na adolescência (Sá et al, 2022;Lira et al, 2017; Oliveira Mundo virtual e saúde mental: influência das mídias sociais na autoimagem dos adolescentes et al, 2021).…”

“…Segundo Lima et al (2016) Mundo virtual e saúde mental: influência das mídias sociais na autoimagem dos adolescentes ambiente virtual, estão cada vez mais evidentes e preocupantes, gerando consequências para a autoestima (Dias et al, 2017). Isso se deve ao fato de que, segundo Fagundes et al (2020), a comparação social consiste em avaliar-se em relação a habilidades e opiniões ou melhorar determinados aspectos de si mesmo, julgando assim, seus valores e qualidades em relação ao alvo de comparação, que na maioria dos casos, é uma falsa realidade idealista e perfeita, caricaturado na rede social.…”