Este trabalho analisa o uso da Profilaxia Pré-exposição (PrEP) ao HIV pelos usuários que aderiram ao método de prevenção, de modo a conhecer o perfil, motivos, experiências e percepções sobre a política e os serviços de dispensação. Foi utilizado metodologia qualitativa, na qual empregou-se de entrevistas semiestruturadas a sete usuários, no período de abril a agosto de 2021. Dentre os resultados, foi verificado que os usuários tiveram contato com a PrEP pela PeP ou pela internet. O gerenciamento de risco pela camisinha era feito para relações extraconjugais e não-monogâmicas, além da confiança na possibilidade do tratamento das outras IST. Além disso, a presença do estigma nos SAE dos usuários HIV+ frequentarem o mesmo local dos usuários de PrEP e a falta de capacitação profissional das equipes de saúde no munícipio para atender o público-alvo, foram citados como entraves para a adesão à profilaxia. Dessa forma, ao prescrutar as experiências, percepções, argumentos e opiniões dos usuários sobre os benefícios e problemáticas do uso da PrEP, é possível traçar novas estratégias para ampliar a adesão e aumentar a eficácia desta tecnologia de saúde que visa diminuir a incidência de HIV e ainda se encontra em implementação no país.