RESUMO -A busca por água de qualidade vem sendo um dos maiores objetivos em todo mundo, um dos problemas enfrentados é a contaminação por vírus entéricos, causando surtos de doenças por veiculação hídrica. A utilização de carvão ativado impregnado com prata foi estudada para determinar a eficiência de remoção do bacteriófago T4. Os ensaios foram realizados em filtros domésticos com o carvão ativado granular com e sem a impregnação de prata em uma concentração de 0,5 e 1,0% em massa. A água utilizada foi contaminada artificialmente, em uma concentração aproximada de 4x10 5 UFP/mL. As propriedades estruturais e texturais foram analisadas para determinar as modificações na superfície do carvão ativado granular causados pela impregnação do metal. A eficiência de remoção do bacteriófago nas amostras para o filtro de carvão ativado granular sem impregnação de prata foi de 49,2%. Já nos filtros de carvão ativado granular impregnado com prata 0,5 e 1,0% a eficiência de remoção foi de 91,39 e 94,86% respectivamente. As amostras foram testadas para presença de metal proveniente da impregnação, estando todas dentro dos parâmetros exigidos na legislação vigente.
INTRODUÇÃOA água potável está se tornando um recurso cada vez mais escasso em decorrência do aumento da população e industrialização em todo o mundo, tornando necessário o desenvolvimento de métodos eficazes, simples e econômicos para a purificação de águas residuais, águas subterrâneas e de superfície contaminadas. Uma das principais questões é a presença potencial de vírus entéricos humanos, que têm sido a fonte de vários surtos graves de infecções virais em todo o mundo nas últimas décadas (Carter, 2005).Os vírus entéricos são diretamente relacionados com essas doenças visto que são excretadas pelas fezes de indivíduos infectados e introduzidos no meio ambiente através do lançamento do esgoto doméstico e ou derivados de seu tratamento como lodo de esgoto e esgoto tratado, contaminando o solo, a água do mar, águas estuarinas e de rio. Os processos de tratamento disponíveis são muitas vezes insuficientes para remoção desses patógenos (Simmons; Xagoraraki, 2011).