We examined 308 specimens of the Indo-Pacific blenniid Omobranchus punctatus deposited in four museum collections, and analyzed data on their collection locations to assess its invasion on the Atlantic coast of Central and South America. This species occurs in shoreline estuarine and marine habitats in the Indo-West Pacific. Previous sampling and recent records in the Tropical West Atlantic from 1930 to 2004 produced 20 records for: Panamá, Colombia, Venezuela, Trinidad and Brazil. In this work, we provide data on 17 new records for the Gulfs of Venezuela and Paria in Venezuela, as well as four records for Maranhão and Pará states in NE Brazil. The temporal pattern of collections (1930 -2009) and the proximity of most localities to ports and zones of ship traffic indicate that O. punctatus was initially introduced to the Atlantic by ships travelling from India to Trinidad. Within Brazil the introduction is linked to shipping connected to petroleum platforms. In Maranhão and Pará the introduction may have occurred as a result of fish sheltering in fouling on hulls of ships moving between ports around the mouth of the Amazon River. Alternatively, the spread of this species along of the American coast may reflect the expansion of the range of O. puntactus through larval dispersal in northward flowing currents. We recommend monitoring of this introduced species, and studies of its ecology in West Atlantic areas.Nós examinamos 308 espécimes do blenídeo Omobranchus punctatus, de origem Indo-Pacífica, depositados em coleções de quatro museus. Os dados de distribuição foram analisados com o objetivo de avaliar a invasão das águas costeiras do Oceano Atlântico nas Américas do Sul e Central. Em sua área de distribuição original, O. punctatus ocorre em ambientes marinhos e estuarinos. Amostragens datadas de 1930 e de 2004 produziram 20 registros da espécie no Atlântico Oeste tropical, incluindo amostras do Panamá, Colômbia, Venezuela, Trinidade e Brasil. Neste trabalho nós apresentamos 17 novos registros em áreas da Venezuela e nordeste do Brasil. O padrão temporal dos dados ) e a proximidade da maioria das áreas de amostragem a regiões portuárias indicam que a espécie foi inicialmente introduzida no Atlântico pela água de lastro de navios navegando na rota India-Trinidade. No Brasil, a introdução parece estar associada ao movimento de navios em torno das plataformas de petróleo. No Maranhão e no Pará, a introdução está associada ao movimento de navios entre os portos próximos à foz do rio Amazonas. Alternativamente, a expansão de área desta espécie ao longo da costa da América pode ter acontecido através de dispersão larval, acompanhando as correntes em direção ao norte. Nós recomendamos o monitoramento desta espécie, bem como o desenvolvimento de estudos sobre sua ecologia em ambientes do Atlântico ocidental agora ocupados por ela.