Este ensaio tem o objetivo de analisar, pela evolução da noção dialética e existencialista construção-destrutiva, a convergência dos trabalhos realizados no escopo do Grupo de Pesquisa CNPq Cidades e Patrimonialização na América Latina (Gecipa/UnB). A hipótese é a de que as pesquisas do grupo têm sido balizadas por tal noção, justamente por seu caráter totalizante e voltada para a síntese da natureza capitalista. Noção promissora à Geografia, pois assentada numa totalidade filosófica. Metodologicamente, o ensaio realiza: uma exposição introdutória do Gecipa, apresentando tese e dissertações concluídas, indicando a dimensão do método pela dita noção; apresentação da lógica da construção-destrutiva pelo minerar, que possui uma natureza espacial e ontológica, sintetizada pela Espacialidade Mineratória, enquanto abstração totalizante do ser minerador; no terceiro momento, é feito o diálogo com a noção situação espacial duradoura, que contribui à compreensão da condição espacial criada pela lógica da construção-destrutiva; por fim, são assinaladas as pesquisas convergentes na direção de uma necessária utopia de realização socioespacial aplicada à América Latina, seguindo uma outra lógica: de construção comunitária, horizontal, significativa