A Doença Renal Crônica é caracterizada como uma Doença Crônica Não Transmissível que atinge proporções mundiais. Fatores que contribuem para o avanço desse quadro, é o aumento da incidência das doenças de base como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus (DM) e a elevada ocorrência de Injúria Renal Aguda em ambientes intra-hospitalares. Objetivo: identificar o quadro dos pacientes com lesão renal que realizaram tratamento hemodialítico em um hospital privado do interior de São Paulo. Métodos: estudo transversal, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado através da análise de prontuários eletrônicos de um hospital particular, entre os meses de janeiro a junho de 2017. Realizou-se análise estatística exploratória, com análise de frequência dos dados obtidos. Resultados: foram analisados 58 prontuários. A média da idade identificada foi 70,7 anos (±15,5), com mínima de 28 anos e máxima de 98 anos. Quanto às condições de saúde, 63,7% apresentavam história pregressa de Hipertensão Arterial Sistêmica, enquanto metade da amostra apresentava cardiopatias e o Diabetes mellitus foi constatado em 41,3% da amostra. O diagnóstico inicial relacionado às doenças cardiovasculares correspondeu a 32,7% dos dados, sepses a 20,6% e as insuficiências renais estiveram presentes em 8,6% destes diagnósticos. Em relação à Terapia Renal Substitutiva, aproximadamente 80% possuíam Doença Renal Aguda, predominando o acesso vascular temporário de triplo lúmen. Conclusão: identificar os fatores que contribuem com o quadro de DRC intra-hospitalar oportuniza melhor condição de salvaguardar a vida dos pacientes, assim como possibilita a identificação precoce de fatores de risco de piora da função renal.