Objetivo: Predizer a síndrome metabólica em adolescentes a partir de indicadores antropométricos, metabólicos e hemodinâmicos por análise de sensibilidade e especificidade. Métodos: Estudo transversal, realizado entre julho de 2015 e março de 2016, com 186 adolescentes de oito escolas particulares do município de Picos, Piauí, Brasil. Coletaram-se os dados por meio de um formulário adaptado com informações sobre medidas antropométricas, metabólicas e pressão arterial nas dependências das escolas de forma individual em sala reservada para tal. Após um jejum noturno de 12 horas, realizou-se uma coleta de sangue venoso para posterior análise bioquímica. Utilizou-se o teste T para amostras independentes para comparação de médias dos indicadores com nível de significância de p < 0,05. Para seleção dos pontos de corte, adotaram-se as curvas receiver operating characteristic (ROC), utilizando-se os valores com sensibilidade e especificidade mais próximos entre si e não inferiores a 60%. Resultados: Houve prevalência do sexo feminino (61,8%; n= 114), idade entre 15 a 19 anos (57,5%; n=106) e da síndrome em 2,7% (n=5) da amostra. Quando analisada a área sob a curva (AUC) ROC, encontraram-se como preditores significativos da síndrome na amostra total o índice de conicidade (AUC = 0,83), a lipoproteína de alta densidade (AUC = 0,88), a pressão arterial sistólica (AUC = 0,86) e a pressão arterial média (AUC = 0,84). Conclusão: Os indicadores investigados demonstraram-se preditores da síndrome metabólica, merecendo destaque o índice de conicidade, a lipoproteína de alta densidade, a pressão arterial sistólica e a pressão arterial média.