O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, sendo percebido também no estado do Amazonas. Com a alta expectativa de vida, o enfoque na saúde geral e bucal impactam diretamente a qualidade de vida da pessoa. Desta forma, os levantamentos acerca da população geriátrica não devem ser restritos às alterações fisiológicas da idade, devendo abordar também as manifestações patológicas, retratando assim quais são as lesões bucais mais recorrentes. O trabalho em questão visa levantar o número de lesões bucais prevalentes em tecido mole e duro em idosos. Sendo feito a partir de um levantamento das lesões bucais prevalentes em tecido mole e duro que acometeram os idosos registrados nos laudos do Serviço de Patologia Oral e Maxilofacial da Universidade do Estado do Amazonas, SEPAT-UEA, entre os anos de 2012 a 2018. Segundo os dados coletados, a categoria de neoplasias de tecido mole (28,94%) teve o maior número de casos, em que a lesão mais prevalente, sendo esta do mesmo grupo, foi a hiperplasia fibrosa inflamatória (14,04%). Teve maior acometimento em mulheres (54,91%), pessoas com 60-69 anos (74,77%), usuários de próteses removíveis (15,56%) e a mandíbula (17,28%) foi a localização mais comum. Com as informações adquiridas, a partir de um serviço de referência do estado do Amazonas, é possível ter um melhor direcionamento dos recursos para a população geriátrica tendo um maior enfoque para as lesões mais prevalentes visando assim uma melhor saúde bucal e consequentemente uma melhor qualidade de vida.