Prevalência de alterações de fala em crianças por meio de teste de rastreamento

Abstract

RESUMOObjetivo: conhecer a prevalência de alterações de fala em crianças que frequentam o 1º ano do ensino fundamental em escolas públicas de Montes Claros -MG no ano de 2010, por meio de teste de rastreamento, verificar os resultados da triagem com a variável sexo e conhecer os principais processos fonológicos presentes nas crianças pesquisadas. Método: utilizou-se o Teste de Rastreamento de Distúrbios Articulatórios de Fala -TERDAF adaptado, um instrumento validado para este fim. Os alunos foram selecionados aleatoriamente para a aplicação do teste. Resultados: foram avaliadas 404 crianças com média de idade de seis anos e cinco meses, 52,0% eram do sexo feminino. A prevalência de alterações de fala foi de 33,7%. Pode-se observar presença de ceceio em 8,4% das crianças. Dos 137 alunos com alguma alteração nos processos fonológicos, os mais utilizados foram: substituição de /ʎ/ por /i/ ou /y/, /l/ por /r/, /z/ por /s/ e omissão do /l/ e /r/. A chance de alterações de fala em crianças do sexo masculino foi 2,53 vezes àquela do sexo feminino. A média do tempo gasto durante o teste foi de um minuto e dezoito segundos. Conclusão: a prevalência de crianças com alterações de fala está em acordo com outros estudos. Ações do profissional fonoaudiólogo em pareceria com educadores contribuem para facilitar a aprendizagem como medida preventiva.

Associação entre hábitos orais deletérios e as estruturas e funções do sistema estomatognático: percepção dos responsáveis

“…Studies have evidenced high prevalence of HOHs in different populations; however, the frequency of different types of habits changes according to the study, with the use of bottle and pacifier, onychophagia, and thumb sucking as the most commonly reported (6,9,10,12,19) . The data on changes in speech and/or occlusion described by the children's parents and/or guardians are similar to the prevalence found in studies conducted with specific populations, usually schoolchildren or children assisted in basic health services, which mostly described speech disorders in 24.3% to 33.7% of individuals (20,21) , malocclusion in 30% to 45% of samples, and HOHs in over 70% of participants (6,12,22,23) . Statistical correlations were verified between not keeping the mouth open and nasal breathing as well as between keeping the mouth open and oral and oronasal respiration.…”

Ocorrência do desvio fonológico e de processos fonológicos em aquisição fonológica típica e atípica

“…The prevalence of speech impairments, especially phonological disorders, has been discussed by several studies (8,(17)(18)(19)(20)(25)(26)(27) in the national and international literature. In Australia, phonological disorders affect approximately 13% (27) of children, while in the United States, this figure is somewhat lower, and ranges from 3.8% to 7.5% (25) .…”

“…It is also important to note that some studies (8,20,28) suggest that the prevalence of speech impairments may exceed 20%. However, this figure also includes alterations such as phonetic and fluency disorders in addition to phonological impairments.…”

“…Two studies performed in the Brazilian state of Minas Gerais reported prevalence rates of 31.9% (8) and 33.7% (20) for phonological impairments in the cities of Belo Horizonte and Montes Claros, respectively. In municipal primary schools in the city of Santa Maria, the prevalence of speech impairments has been estimated to be 21.37% (25) .…”

“…Prevalence rates for different illnesses at a certain point in time are often calculated in the context of health care (15) . However, few studies to date (8,14,(16)(17)(18)(19)(20)(21)(22) have sought to analyze the occurrence of phonological disorders in Brazilian children. Although some of these studies were conducted in recent years, they vary widely in terms of their methods, sample sizes (where larger samples indicate greater reliability), and geographical coverage.…”