O objetivo foi verificar a teoria da autodeterminação em universitários brasileiros praticantes e não praticantes de atividade física. Participaram 274 universitários de várias regiões do Brasil, de ambos os sexos. Foram aplicados dois questionários com questões fechadas: o BREQ-3, com 23 questões, e o BPNES, com 12 questões. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e do teste de correlação de Pearson. O estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Univille, sob o número 6.011.039. Dos participantes, 76,64% (n=210) eram praticantes de exercício físico, enquanto 23,35% (n=64) não praticavam. Os resultados mostraram que os estudantes que praticam exercício são mais autodeterminados. No grupo que não prática exercício, foi encontrada uma correlação (0,831/p<0,05) com a necessidade de relacionamentos, indicando que os alunos não se sentem tão bem com as pessoas que praticam exercício. Além disso, foi encontrada uma correlação (0,73/p<0,05) com a necessidade de autonomia, evidenciando que a forma como o exercício é realizado nem sempre é do agrado deles. No grupo que pratica exercício físico, foram observadas correlações (0,757/p<0,05) para a regulação intrínseca, indicando que o exercício é percebido como prazeroso e divertido, e correlações (0,81/ p<0,05) para a regulação integrada, revelando que o exercício faz parte da identidade deles. Em conclusão, o grupo que pratica exercício enxerga a prática como sua identidade, enquanto o grupo que não pratica enfrenta dificuldades em relação ao vínculo social e à autonomia.