RESUMO Objetivo: avaliar a qualidade de vida das pessoas com estomias intestinais e associação com fatores sociodemográficos e clínicos. Método: estudo transversal e correlacional realizado entre agosto de 2019 e dezembro de 2021, com pessoas estomizadas cadastradas no Serviço de Órtese e Prótese da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís-Maranhão. Utilizou-se questionários sociodemográfico, clínico e City OF Hope - Quality Of Life - Ostomy Questionnary (COH-QOL-OQ). As análises estatísticas foram processadas pelo Software SPSS Statistics 20.1 para Windows, nível de significância 5%. No teste Shapiro-Wilk verificou-se a normalidade e no teste-t pareado as correlações das variáveis independentes e dependente. Resultados: amostra composta por 154 participantes, maioria homens (62,6%), idade média 49,94 anos, com ensino fundamental incompleto (35%), colostomia (81,2%), temporária (61%) e câncer como etiologia (47,4%). Em relação à qualidade de vida, destacaram-se as médias para os domínios bem-estar espiritual (8,45), físico (4,05), psicológico (5,85) e social (6,33). A associação entre fatores sociodemográficos, clínicos e qualidade de vida foi estatisticamente significante (p ≤ 0,05) para religião, escolaridade, tipo e característica do domicílio, permanência da estomia e complicações, trabalho pós-estomia, presença de cônjuge, atividade física e acesso ao serviço de saúde. Verificou-se a maior significância da etiologia da estomia para domínios físico (p=0,03), psicológico (p=0,01), social (p=0,01) e geral (p=0,05). Conclusão: o estudo mostrou associação significante para os domínios físico, psicológico, social e espiritual, com impacto a qualidade de vida e nas práticas de cuidado às pessoas com estomias e seus familiares.