As emergências hipertensivas (EH) são entidades clínicas caracterizadas pela elevação aguda e significativa da pressão arterial (PA) associada a sintomas graves que evidenciam lesões de órgãos-alvo. Esse estudo objetivou traçar o perfil dos pacientes atendidos em emergência hipertensiva em um hospital público de Salvador. Trata-se de um estudo transversal descritivo. Os dados foram coletados entre 03/11/15 e 03/02/16, através do prontuário e processados no programa SPSS versão 21®. A estatística descritiva foi utilizada para análise dos dados. A amostra constituiu-se de 57 pacientes. A média de idade encontrada foi de 66,9 anos, com predominância do sexo feminino (52,6%) e da cor parda (93,0%). Aproximadamente 68,4% dos pacientes apresentavam histórico de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). As EHs diagnosticadas foram o acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico (61,4%), seguido do AVC hemorrágico (29,8%), da insuficiência cardíaca congestiva (5,3%) e do infarto agudo do miocárdio (3,5%). 28,1% desses pacientes evoluíram com complicações. Em relação aos valores da PA encontrados na admissão, a média de pressão sistólica foi de 189,8 mmHg, enquanto que a média de pressão diastólica foi de 105,7 mmHg. Conclui-se que os AVCs, especialmente os isquêmicos, foram as EH mais frequentes na amostra. Faz-se necessário a efetivação de medidas de prevenção dos fatores de risco associados à HAS, assim como direcionadas ao controle dos níveis pressóricos para redução do número de atendimentos por emergência hipertensiva e demais complicações das doenças cardiovasculares.