Laura Mora, Paolo Mora e Paul Philippot escreveram, por ocasião da primeira edição de Conservation des peintures murales, em 1975, que o tratteggio nunca tinha sido publicado em nenhuma revista técnica e que, apesar de ser praticado desde 1945, consideravam que ainda não tinha sido devidamente entendido, motivo pelo qual tentavam-no descrever detalhadamente. No inicio da segunda década do século XXI, várias são as situações, no caso concreto da reintegração cromática, em que persistem problemas de terminologia e alguma confusão acerca das técnicas de reintegração aplicadas em pintura, quer no discurso escrito, quer no discurso oral. Por esse motivo, o principal objectivo deste artigo é esclarecer a origem e os procedimentos originais de execução de algumas técnicas de reintegração cromática, as que normalmente se usam em pintura de cavalete em Portugal, tentando recorrer às fontes originais e a estudos específicos sobre o tema, bem como anotar particularidades na evolução das mesmas. O segundo propósito deste texto é facultar esta informação em língua portuguesa, algo inexistente até agora. Com base na interpretação das fontes bibliográficas concluiu-se que a mesma técnica pode ser praticada de modo diferente consoante a nacionalidade do conservador-restaurador, contribuindo para a evolução das técnicas existentes e para o aparecimento de outras.