ResumoInformado por uma perspectiva teórica marxista, o propósito deste ensaio é refletir criticamente sobre a relação entre capital e natureza e, especificamente, sobre o 'processo Rio', que se iniciou em 1992 e continuou com a recente Conferência Rio+20. Neste processo constata-se uma evolução do discurso do desenvolvimento sustentável à economia verde relacionando-os a práticas fundamentalmente similares e contínuas que permitem ao capital cooptar conceitos inicialmente radicais, tais como sustentabilidade, de modo a incluí-los em sua lógica de acumulação. Neste ensaio discutimos uma variedade de autores para refletir criticamente sobre as tentativas recentes de organização do capital e seus contínuos avanços sobre a natureza, de modo a preservar o crescimento contínuo e contrarrestar a crise em que está imerso.Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável. Economia verde. Financeirização. Acumulação capitalista.
AbstractInformed by a Marxist theoretical perspective, the aim of this essay is to critically reflect on the relationship between capital and nature and specifically the 'Rio process', which started in 1992 and continued with the recent Rio+20 conference. In this process we have seen a discursive evolution from sustainable development to green economy. We argue that these two terms nevertheless relate to fundamentally similar and continuous practices, enabling capital to coopt once radical concepts, such as sustainability, in order to include them in its logic of accumulation. In this essay we discuss a range of authors to critically reflect about capital's recent reorganization attempts and its continuous onslaught on nature, which aims at preserving its continuous growth, counteracting the crisis in which it is immersed.