Principais bactérias encontradas em uroculturas de pacientes com Infecções do Trato Urinário (ITU) e seu perfil de resistência frente aos antimicrobianos

Abstract

Este trabalho teve por objetivo de avaliar a prevalência das principais bactérias encontradas em uroculturas causadoras de ITU em pacientes atendidos em hospitais dos diferentes estados brasileiros, bem como o perfil de resistência e sensibilidade bacteriana a antimicrobianos, por meio da busca em um banco de dados atualizados, promovendo uma revisão do tema proposto. Para realização desse estudo de revisão literária, foi feito uma busca de artigos recentes (até 7 anos da publicação) nos bancos de dados de periódicos eletrônicos Pubmed, Medline, Lilacs e Scielo, com disponibilidade de textos completos para a coleta de dados que contenham as principais bactérias encontradas em uroculturas de pacientes com Infecções do Trato Urinário juntamente aos sua resistência frente aos mais diversos tipos de antibióticos. Incluiu-se artigos publicados entre os anos de 2014 a 2020 e que tratassem sobre as principais bactérias encontradas em uroculturas e seu perfil de resistência frente aos antimicrobianos. Tendo como critérios de exclusão, qualquer artigo que não trate de nenhum dos temas anteriormente citados e que tivessem sido publicados fora do tempo cronológico delimitado. Foram encontradas 4173 uroculturas positivas, sendo o micro-organismo mais frequentemente isolado a Escherichia coli, seguido de Klebsiella pneumoniae, e Proteus mirabilis. Foi possível constatar altos índices de resistência à E. coli para alguns antimicrobianos da primeira escolha para tratamento da ITU, como ampicilina (55,32%) e sulfametoxazol+trimetroprim (34,36%) Esses dados coletados através de uma base de dados atualizada demonstram a necessidade de promovem o conhecimento a cerca dessa infecção a fim de definir uma terapia empírica adequada, criando assim um esquema terapêutico que auxiliará os profissionais da saúde durante o tratamento dos pacientes com ITU.

Fatores de risco associados à Infecção do Trato Urinário (ITU) em mulheres: uma revisão integrativa de literatura

“…Outra maneira, é pela via hematogênica, na qual a bactéria infecta o sangue e, secundariamente, contamina o aparelho urinário. Por fim, pode se dar por meio da via linfática, sendo uma promotora da disseminação infeciosa pelos vasos linfáticos (Oliveira et al, 2021).…”

“…A variação anatômica é considerada o principal fator de risco para a instauração da ITU no sexo feminino, visto que mulheres apresentam maior proximidade do trato urinário com a região perianal (Oliveira et al, 2021). Além disso, a uretra feminina é significativamente mais curta que a uretra masculina.…”

“…Consoante a isso, é imprescindível salientar que os fatores de risco para ITUs no sexo feminino podem ser potencializados por agravantes que facilitem a persistência da infecção. Como exemplos, pode-se considerar quadros de obesidade, de imunidade suprimida, de tumores ou de intervenções recentes no trato urinário (Oliveira et al, 2021). Nesse âmbito, tais agravantes contribuem para o desenvolvimento de complicações dos quadros infecciosos.…”

“…As infecções podem ser sintomáticas ou assintomáticas e podem envolver o trato urinário baixo (uretra e bexiga), como pielonefrite, e/ou trato urinário alto (rins e ureteres), como a cistite e uretrite (Vaz et al, 2020). De acordo com Oliveira et al (2021), o diagnóstico quantitativo da ITU é representado pelo crescimento bacteriano acima de 100.000 unidades formadoras de colônia por mililitro (ml) de urina (100.000 UFC/mL). Quando a ITU é sintomática, entre os principais sintomas clínicos, destaca-se a polaciúria, disúria, dor lombar, urgência miccional, febre, alteração de cor e odor da urina.…”

Perfil de sensibilidade a antimicrobianos em gestantes portadoras de Infecção de Trato Urinário no município de Três Corações-MG

“…Outras bactérias gram-negativas como a Klebsiella pneumoniae, Proteus miriabili, Enterobacter spp e Pseudomonas aeruginosa também são conhecidas como importantes uropatógenos. A ITU ocasionada por bactérias grampositivas já são menos recorrentes, sendo as de maior valor epidemiológico o Staphylococcus saprophyticus, Staphylococcus aureus (S. aureus), Streptococus agalactiae e Enterococcus faecalis (Oliveira et al, 2021).…”