Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, que quando consumido junto com uma dieta saudável, equilibrada e usual, promovem benefícios à saúde. Entretanto, a divulgação de informações sobre alimentos funcionais através de órgãos governamentais, científicas, mercadológicas, entre outros, tem levado os consumidores a interpretações distintas sobre esse alimento. O objetivo deste estudo foi analisar como os consumidores do Distrito Federal, Brasil, estão interpretando as informações, efeitos e riscos dos alimentos funcionais na saúde. Foi realizada uma pesquisa com 111 respondentes, utilizado survey, com roteiro de entrevista estruturado para a coleta de dados. As questões do roteiro passaram por validação semântica, conteúdo e estatística e os constructos (confiança, medicamento, mídia, necessidade, recompensa e risco) foram avaliados pelos consumidores através da escala Likert de sete pontos. Os consumidores acreditam no efeito benéfico que os alimentos funcionais podem proporcionar à saúde, e os veem como efeito de cura ou de prevenção de doenças. O processo de divulgação de informações sobre os alimentos funcionais deve ser reavaliado em todas as instâncias, governamentais e mercadológicas, para que as informações sejam mais claras e entendíveis para todos. Os relacionamentos entre as variáveis socioeconômicas foram analisados por testes de Qui-quadrado e a percepção de consumidores de alimentos funcionais através do coeficiente de correlação de Pearson. Os testes Qui-quadrado indicaram associações altamente significativas (p<0,001) entre as variáveis estado civil e principal comprador de comida em casa e entre nível de escolaridade e renda familiar. O constructo medicamento foi o único que apresentou relação significativa com todos os demais.