“…A gente olha mesmo": Qualquer que seja o contexto social, os sobreviventes de queimaduras podem enfrentar alguns desafios psicológicos, como frustração pelo lento processo de recuperação, depressão, estresse pós-traumático, conflitos familiares, principalmente se já existia algum problema préexistente (GONÇALVES et al, 2011;LAPORTE;LEONARDI, 2010), começar a perceber as dificuldades sociais de lidar em com as cicatrizes, lidar com a perda da aparência anterior à queimadura, se adaptar e aceitar a nova aparência corporal pós-queimadura e se adaptar socialmente a ser visto como diferente (LAPORTE; LEONARDI, 2010; OLIVEIRA; LEONARDI, 2012). Dependendo da gravidade da queimadura, a criança pode sofrer com dificuldade de crescimento ósseo, perdas de função e prejuízo psíquico (VARELA et al, 2009). Com o passar do tempo, a maioria dos pacientes parece se adaptar à nova condição, mas há, muitas vezes, um grande custo social e emocional, e uma minoria não consegue transpor as dificuldades e pode permanecer marginalizado.…”