Produção Científica Sobre Comitê De Auditoria: Uma Análise Bibliométrica E Sociométrica De Periódicos Internacionais

Abstract

O Comitê de auditoria já vinha sendo utilizado como um órgão interno da companhia responsável pela fiscalização da gestão da companhia, porém a partir de 2002 e por meio da Lei Sarbanes-Oxley, aprovada pelo congresso norte-americano, tornou-se obrigatório para as companhias abertas que atuavam nas bolsas de valores norte-americanas. Este estudo tem como objetivo analisar a produção científica internacional sobre Comitê de Auditoria por meio de uma análise bibliométrica e sociométrica. Quanto aos aspectos metodológicos, realizou-se análise bibliométrica e sociométrica com 130 artigos de periódicos internacionais das bases de pesquisa ISI Web Knowledge e SCOPUS, referentes ao período de 2000 a 2012. Para a obtenção das figuras representativas da estrutura da rede e seus indicadores, foi empregado o software UCINET® 6. Pelas análises realizadas foi possível identificar que as universidades que apresentaram o maior número de produção conjunta foram: Kennessaw, Tennesse, Arkansas, Alabama e Santa Clara. Constatou-se também que existe uma rede forte de relacionamentos entre os autores Bread J. Reed, James L. Bierstaker, Suzan Parker, Lisa Milici Gaynor e Thomaz M. Kozloski observados pelo volume de trabalhos publicados em conjunto. Os achados encontrados pelo estudo demonstram rede de pesquisa forte nos Estados Unidos e pequenas redes sendo formadas em outros países, identificou-se também que os temas: independência do comitê de auditoria e SOX e BRC são os mais abordados. E também, em um recorte longitudinal verificou-se que os atores centrais das redes do período pré e pós SOX são diferentes, que surgiram pequenas redes de autores que foram crescendo com o transcorrer dos anos e também que houve um aumento gradativo do número de publicações, principalmente a partir do ano 2006.

Scientific Production on Fraud in Brazil: An Investigation From the Perspective of Social Network Analysis

“…Ressalta-se que para se conseguir iniciar a ARS e, concomitantemente, gerar suas matrizes de redes sociais one-mode e two-mode (Ribeiro & Souza, 2022), foi indispensável usar a técnica da bibliometria (Bermeo-Giraldo et al, 2021). Tal opção se fez em razão deste procedimento ser conhecido e para mapear e analisar dados científicos, consentindo, assim, desvendar as nuances evolutivas (Urbizagástegui-Alvarado & Restrepo-Arango, 2021) do tema Fraude, por meio da bibliometria e da ARS (Cunha et al, 2016;. Versa-se que a associação dos métodos de bibliometria com a ARS (Kohler & Digiampietri, 2021) contribui para uma melhor interpretação de resultados, sobretudo, mediante a inspeção visual que a ARS proporciona (Sampaio et al, 2015).…”

“…Retomando as fraudes ocorridas no cenário internacional, e, assim, consequentemente, como resposta a estes escândalos de fraudes contábeis, os EUA homologaram, em 2002, a Lei SOX (Eckert et al, 2014). A SOX criou um novo ambiente de governança corporativa -GC (Oliveira & Linhares, 2007), enfatizando novos controles internos, entre os quais a implantação do comitê de auditoria (Cunha, Toigo & Picolli, 2016), visto que as empresas não norteamericanas, incluídas as nacionais brasileiras, com títulos negociados no mercado de capitais dos EUA (American Depositary Receipts -ADR's) devem atender todos os preceitos dela decorridos (Peleias et al, 2009). No contexto legislativo, tem-se também a presença da Lei de Benford, que é mecanismo poderoso de auditoria capaz de apontar e investigar suspeita de fraudes e falhas no preenchimento dos demonstrativos contábeis (Orth et al, 2020).…”

Cadbury Report: 30 Anos De Sua Produção Científica À Luz Da Análise De Redes Sociais

“…Como também, estudos com temas específicos, inerentes, intrínsecos, e, certamente análogos a GC, como no caso da Teoria da Agência (Rocha, Pereira, Bezerra & Nascimento, 2012), Estratégia , Stakeholders (Ribeiro, Costa, Ferreira & Serra, 2014), Comitê de Auditoria (Cunha, Toigo & Picolli, 2016), Remuneração (Orsi de Araujo & Ribeiro, 2017), Accountability (Duarte, Boente, Marinho & Zouain, 2018), Conselho de Administração (Bonetti, Mazzioni, Poli & Moura, 2018), Disclosure (Coan, Durigon, Oliveira & Ott, 2019).…”