A pectina é um heteropolissacarídeo formado, principalmente, por resíduos de ácido D-galacturônico, presente nas paredes celulares vegetais. Tem caráter espessante e estrutural, e sua presença pode resultar em características negativas em produtos de interesse. A produção de enzimas por cultivo microbiológico, seja submerso ou em estado sólido, também constitui importante “ferramenta biotecnológica”, capaz de reduzir a emissão de resíduos poluentes e agregar valor a certos produtos, comumente referidos com biomassa residual. Dentre os microrganismos mais utilizados como produtores de pectinases interessantes à biotecnologia, destacam-se os fungos filamentosos, capazes de produzir elevados títulos de concentrações proteicas. Enzimas específicas são capazes de solucionar os problemas causados pela pectina em diversas modalidades da indústria. Para isso são utilizadas as pectinases, biocatalizadores capazes de desesterificar ou hidrolisar o substrato citado, proporcionando vantagem industrial. Neste trabalho buscou-se enfatizar resultados positivos alcançados em etapas industriais, por meio da utilização de pectinases, como “ferramentas biotecnológicas”, como por exemplo, na extração de sucos e óleos, manipulação da turbidez em bebidas, branqueamento de papel, tratamento de fibras têxteis, e liberação de compostos vantajosos à saúde humana.