“…A própria escolha pelo título da cena "LGBTQIA+ maquinam entre periferias", feita peles autores, vem de um entendimento de que o aliançar-se entre coletivos LGBTQIA+ surge como re-existência no que se refere à precarização em seus cotidianos, já que o aliançamento aciona a possibilidade de produzir uma linha de fuga (DELEUZE; GUATTARI, 2004) às fronteiras concretas e simbólicas criadas pela violência, tendo como efeito a paralisação dos fluxos de determinados corpos pela cidade, principalmente aquelus (des)subjetivades como desimportantes. (SILVA, 2019;DIÓGENES, 2020;SILVA et al, 2023;BARROS et al, 2023) Esse movimento de entrelaçamento entre juventudes desimportantes em Fortaleza pode ser compreendido, de acordo com Silva e Freitas (2018), como um nós dinâmicos, "que defende a arte de inventar, resistir para continuar existindo, pelo uso da poesia face a face e da literatura enunciada, compartilhada, publicizada". (p. 140) Então, se a resposta à pergunta "podem es desimportantes habitar a cidade?"…”