O aumento da produção de cerveja promoveu, consequente, aumento na geração de resíduos, como o bagaço de malte, provenientes dessa atividade industrial, intensificando a necessidade de seu reaproveitamento. Uma alternativa para isso, é a utilização dos resíduos da indústria cervejeira como fonte de carbono no cultivo de macrofungos (cogumelos), visando a produção de biomoléculas, como enzimas, de importante interesse pelas indústrias. O objetivo desse estudo foi avaliar a produção de pectinase por duas espécies de basiomicetos, Pleurotus djamor e Hypsizygus ulmarius, a partir de cultivo submerso, tendo o bagaço de malte como fonte de carbono e aplicando um delineamento composto central rotacional para otimização das variáveis do processo: concentração de substrato, temperatura e agitação. Para a produção de pectinase por P. djamor, as variáveis que melhor influenciaram o processo foram concentração de bagaço de malte (30 g/L), temperatura (29°C) e agitação (75 rpm), quando obteve-se atividade enzimática de 2,544 U/mL. Já o cultivo de H. ulmarius para produção de pectinase, as variáveis que melhor influenciaram o processo foram concentração do bagaço de malte (30 g/L), temperatura (24°C) e agitação (150 rpm), quando foi verificada atividade enzimática de 2,367 U/mL. Ensaios de estabilidade térmica de pectinase obtidas a partir do cultivo submerso em bagaço de mate, de ambas espécies de basiodiomicetos, indicaram bom desempenho da enzima sob temperaturas mais altas (80°C). Estes resultados, sugerem portanto que o bagaço de mate é uma fonte de carbono interessante a ser aplicada no cultivo submerso de P. djamor e H. ulmarius visando a produção de pectinase .