Na atualidade, a genética ganhou grande notoriedade pela mídia, fazendo com que muitos dos seus termos e conceitos, como DNA e mutação, tornassem presentes no cotidiano de todos os cidadãos independentemente de possuírem ou não conhecimentos científicos. Apesar disso, o ensino tradicional expositivo do conteúdo de genética praticado na maioria das escolas de Ensino Médio não tem se mostrado uma ferramenta eficaz para levar o aluno a uma alfabetização científica plena e a uma contextualização com os assuntos atuais. Diante disso, a utilização de metodologias ativas de ensino pode representar uma importante ferramenta de mudanças desse cenário. O presente estudo foi construído visando desenvolver e analisar uma sequência didática com estratégias ativas de ensino de Genética realizada com alunos de três turmas de 3° ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães na cidade de Itabela/BA. Antes e após o desenvolvimento das atividades da sequência didática, os alunos participantes da pesquisa elaboraram mapas conceituais referentes ao tema a fim de verificar o nível de conhecimento acerca dos conceitos básicos de Genética desenvolvidos com a utilização de recursos ativos. Além disso, após cada aula com metodologia ativa, os alunos responderam um questionário de usabilidade referente à atividade realizada. Levando em consideração que a escola, onde foi desenvolvida a pesquisa, funcionava com sistema híbrido de ensino (aulas presenciais e remotas) devido a pandemia da Covid-19, foi necessário a adaptação das atividades. As informações obtidas nos questionários foram analisadas qualitativamente e os dados obtidos nos mapas mentais analisados de forma quantitativa. A partir da análise dos mapas, verificamos que os mapas finais obtiveram notas estatisticamente maiores que as notas dos mapas iniciais (p>0,000001). Assim, concluímos que a utilização de métodos alternativos de ensino pode potencializar a construção do conhecimento em relação aos conceitos básicos relacionados à genética.