As metodologias de aprendizagem ativas e participativas na educação contemporânea emergem como uma necessidade premente para o cultivo das competências do século XXI, as quais superam os métodos tradicionais de ensino. O objetivo deste estudo foi verificar como o uso das metodologias de aprendizagem ativas e participativas contribuíram para o processo ensino-aprendizagem no estágio supervisionado de um curso de Fonoaudiologia do Estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa-ação, com a utilização de metodologia ativa e participativa na construção do processo ensino-aprendizagem dos estudantes de fonoaudiologia, durante um estágio supervisionado da Graduação em Fonoaudiologia. Foram analisadas as descrições dos 20 estudantes antes e depois das três oficinas temáticas (Integralidade no Cuidado, Acolhimento e Escuta Qualificada) e as escritas nos Diários de Campo dos estudantes, quando relevantes. A classificação da efetividade do processo ensino-aprendizagem foi: Efetivo, Pouca evolução e Sem evolução. Na categoria integralidade do cuidado 11(20) estudantes apresentaram a classificação de Efetivo do processo ensino-aprendizagem, seis apresentaram pouca evolução e três não apresentaram evolução frente ao processo. Na categoria acolhimento, 13(20) estudantes apresentaram a classificação de Efetivo do processo ensino-aprendizagem, cinco apresentaram pouca evolução e dois não apresentaram evolução frente ao processo. Na categoria escuta qualificada 17(20) estudantes apresentaram a classificação de Efetivo do processo ensino-aprendizagem, um apresentou pouca evolução e dois não apresentaram evolução frente ao processo. As metodologias de aprendizagem ativas e participativas, relacionadas às oficinas integrativas, constituem abordagem eficaz para promover o desenvolvimento de características cruciais para a maioria dos estudantes, tais como: pensamento crítico, criatividade, colaboração, comunicação, além de proporcionar um melhor engajamento entre eles, facilitando a construção do conhecimento. As abordagens metodológicas empregadas promoveram nos estudantes uma compreensão mais abrangente dos conceitos inerentes às políticas de humanização do Sistema Único de Saúde (SUS), ao longo do processo de cuidado. Os estagiários assimilaram os conteúdos abordados de forma a internalizar atitudes em relação à comunidade e a desenvolver habilidades para interagir com as particularidades de cada indivíduo, ao mesmo tempo em que conseguiram (re)construir novos conceitos.