O presente trabalho propôs investigar as singularidades da construção de projetos de vida por estudantes do Ensino Médio de escolas públicas da cidade de Americana, identificando as experiências formativas, dentro e fora do ambiente escolar, que podem contribuir ou não, nesse processo. Atualmente, as relações entre jovens e adultos são complexas e as transformações da sociedade ampliam a noção de sujeito de direitos, ao mesmo tempo em que se reconhece a singularidade do processo do desenvolvimento humano e a pluralidade das trajetórias das diferentes juventudes. Assim, a temática torna-se importante, sobretudo, pelos desafios propostos à vida do indivíduo, pois é nessa fase que se caracteriza e se intensifica o processo de autonomização e intensas experimentações. Procura-se identificar, a partir de relatos dos próprios jovens, quais experiências, a partir de lugares e pessoas foram importantes para o seu desenvolvimento e no processo de construção do seu projeto de vida. Busca-se reconhecer os principais desafios para esse grupo etário, apresentar a realidade juvenil no país, no estado e na cidade pesquisada e como as políticas públicas impactam a vida desses jovens. Por meio de uma variação da metodologia autobiográfica, na qual introduziu-se instrumentos facilitadores de produção de relatos, participaram, da presente pesquisa 34 alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual da cidade de Americana, e dessa forma, e com base no cruzamento dos relatos dos participantes foi possível analisar o processo de construção do projeto de vida das juventudes e que as experiências promovidas pela família, amigos (as), namorados (as),são significativas para os jovens, assim como a Igreja, a educação formal, por meio de seus projetos e professores, e a educação não formal, ocupam um espaço importante no processo de socialização, protagonismo, cuidado e na construção da história desse sujeito,na formação da identidade e na construção de valores. Dessa maneira, foi possível identificar que os jovens participantes da pesquisa tem projetos frágeis e voltados para si e que expressam a lógica dominante, os resultados também apontam que as experiências formativas, dentro e fora do ambiente escolar, são significativas para os jovens e impactam na construção do projeto de vida, assim como a importância de políticas públicas que contribuam para ampliar as experiências das juventudes e repensar o processo educacional formal, a partir de uma proposta pedagógica que ouça as necessidades dos jovens, suas demandas e sua visão e que contribua com a autonomia e protagonismo desses jovens, como os dados apontaram.